Tanques das Forças de Defesa de Israel avançaram para a periferia da Cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, ontem, segundo testemunhas ouvidas pela AFP. Por conta da operação terrestre israelense no enclave costeiro, a principal rodovia que liga o norte e o sul de Gaza estaria bloqueada.
O Exército de Israel anunciou que bombardeou mais de 600 alvos nas últimas 24 horas e que mais de 20 terroristas do Hamas morreram. No domingo, 29, as forças de Israel haviam atingido 450 alvos do grupo terrorista Hamas.
Os tanques israelenses iniciaram incursões na Faixa de Gaza na sexta-feira, 27, e ontem avançaram até as proximidades do distrito de Zeitoun, na periferia da cidade de Gaza, segundo testemunhas ouvidas pela AFP.
“Bloquearam a estrada de Saladino e atiram contra qualquer veículo”, declarou uma testemunha à AFP.
O exército israelense pediu nas últimas semanas para que os civis palestinos que vivem no norte da Faixa de Gaza se desloquem para o sul, em uma área mais segura.
As forças israelenses intensificaram as operações terrestres contra o grupo terrorista Hamas como parte de sua ofensiva contra a organização terrorista, que governa Gaza, após o ataque contra o território de Israel no dia 7 de outubro, que deixou mais de 1.400 mortos no território israelense.
Já o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas, informou que os bombardeios israelenses mataram mais de 8.000 pessoas, a maioria civis e quase metade das vítimas menores de idade. /AFP.
Banco Mundial – O Banco Mundial avalia que a violência no Oriente Médio tem até agora impacto “limitado”, mas acrescenta que os problemas no mercado de energia podem intensificar a insegurança alimentar. No relatório Perspectiva para Mercados de Commodities, a instituição diz que a economia global está em posição “muito melhor” que nos anos 1970 para lidar com um grande choque nos preços do petróleo, mas adverte que uma escalada no conflito no Oriente Médio, em quadro já de invasão da Rússia na Ucrânia, levaria os mercados de commodities globais “para águas desconhecidas”.
O Banco Mundial diz que o relatório oferece uma avaliação preliminar das implicações de curto prazo do conflito nos mercados de commodities. O estudo conclui que os efeitos devem ser limitados, caso o conflito não se dissemine.
No cenário-base da instituição, os preços do petróleo devem ficar em média em US$ 90 o barril no atual trimestre, antes de recuar a uma média de US$ 81 o barril no próximo ano, conforme a economia desacelera. “Os preços gerais das commodities devem cair 4,1% no próximo ano”, acredita.
O Banco Mundial diz que os preços das commodities agrícolas também deve recuar no próximo ano, conforme a oferta aumenta. Já os preços dos metais básicos devem cair 5% em 2024, enquanto os preços de commodities devem estabilizar em 2025, acrescenta.
Na avaliação do Banco Mundial, os efeitos do conflito nos mercados de commodities têm sido “até agora limitados”. Os preços do petróleo em geral cresceram cerca de 6% desde o início do conflito, aponta, enquanto os preços de commodities agrícolas, da maioria dos metais e de outras commodities pouco se movimentaram.
Fonte: Agência estado
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