foto: Reprodução

Fonte: Sara Santos/Rádio Sociedade da Bahia

O prefeito de Camaçari, cidade da Região Metropolitana de Salvador, Luiz Carlos Caetano (PT), afirmou que a cidade se encontra com uma dívida bilionária, mas não conta com recurso suficiente nos cofres do município. A revelação foi feita na manhã desta segunda-feira (13), em entrevista por telefone, ao radialista Adelson Carvalho, durante o programa Sociedade Urgente.

Ao ser questionado sobre o quantidade de dinheiro que teria sido encontrado em caixa, o atual prefeito respondeu: “Apenas R$7 milhões, e uma dívida de mais de R$ 1 bilhão. A apuração que nós estamos fazendo já chegou a R$ 1,4 bilhão (um bilhão e quatrocentos milhões)”.

Segundo Caetano, o débito da prefeitura chega a esse valor por dívidas com o Instituto de Seguridade do Servidor Municipal (ISSM), com a Previdência Social, com empréstimos feitos pela gestão anterior, muitos deles tendo como base o dólar, que impacta diretamente no valor da dívida. Além de outras infrações menores como o transporte escolar (R$ 2,8 milhões), as creches comunitárias (R$ 1,8 milhão) e o terço de férias dos servidores da educação (R$ 3,8 milhões).

“Obviamente essa dívida dificulta o atendimento as reivindicações mais sentidas da sociedade. Estamos buscando resolver, adotamos todos os ativos da Secretaria da Fazenda do Município, para que a gente possa buscar renegociações e ampliar prazos junto as instituições lesadas”, explica Luiz Caetano.

Processo de Transição

Segundo o prefeito, que assume o quarto mandato em Camaçari, o processo de transição não aconteceu. Caetano afirma que há muita dificuldade em encontrar as informações da antiga gestão, comandada por Elinaldo Araújo (União Brasil). “Foi preciso, a partir do dia dois, realizar nossos próprios levantamentos e diagnósticos em cada secretaria. Encontramos a saúde e o transporte coletivo sucateados, uma Defesa Civil arrasada, com falta de equipamentos. A situação é calamitosa”, afirma o gestor.

Caetano ainda definiu que a pasta com maior problema seria a da saúde. “Era o que o povo mais reclamava na campanha. Encontramos todos os postos médicos fechados e sem equipe. Mas já estamos colocando algumas coisas para funcionar”.

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