Foto: William Rocha
Nesta sexta-feira (24), o prefeito Luiz Caetano (PT) deu mais um passo na busca por resoluções da herança caótica do transporte público deixada em Camaçari. O gestor se reuniu com membros do Ministério Público da Bahia (MP-BA), 22 vereadores, secretários e a Procuradoria do Município para colocar na mesa possibilidades de construção de um novo esquema de transporte para a cidade. Na avaliação do político, o arranjo emergencial deve contemplar toda cadeia do sistema de transporte.
“É a primeira vez que a gente consegue reunir praticamente toda a Câmara, junto com o Ministério Público, para discutir uma agenda tão importante para a cidade, a agenda do transporte coletivo”, ressaltou Caetano.
A reunião, promovida na sede do MP-BA, no CAB, em Salvador, foi conduzida pelas promotoras de Justiça Karinny Virgínia Peixoto de Oliveira, coordenadora do Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (Nupia), Milena Moreschi de Almeida, mediadora pelo Nupia/Compor, e Rita Tourinho, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção à Moralidade Administrativa (Caopam).
Como detalhou o prefeito, a ideia é fortalecer e qualificar o serviço com todas as modalidades de transporte: ônibus, vans, micro-ônibus, ligeirinhos, mototáxi e transporte por aplicativo. Tudo pensado de maneira conjunta entre todos os Poderes.
O abandono do ex-prefeito Elinaldo Araújo (União Brasil), resultou em um retrato problemático para quem precisa dos ônibus para se deslocar pela cidade. Os termos contratuais precários e a falta de ação para propor uma solução, mesmo diante de convocações do MP-BA, determinaram um fim programado para oferta do serviço.
Atualmente, Camaçari é atendida apenas por nove ônibus, sendo um na sede e oito na orla. As concessões cedidas pela antiga gestão terminarão no dia 15 de fevereiro e para que o município não fique à beira do colapso, o prefeito Caetano encontrou uma saída emergencial com o apoio dos demais Poderes.
A partir de fevereiro, 45 veículos passarão a rodar na cidade, percorrendo 27 linhas, entre sede e orla. Inicialmente, a operação emergencial atuará por seis meses, podendo se estender por mais seis até que o governo municipal desenvolva estudos técnicos e de demanda mais aprofundados para fazer a concessão do serviço.
“Hoje nós discutimos a agenda de fazer a transição do transporte de Camaçari. Sair dessa crise que está, fazendo uma aprovação pela Câmara, exatamente da possibilidade do subsídio ou fretamento desses ônibus. Nós vamos fazer esse trabalho juntos para que a gente possa melhorar o transporte coletivo da cidade, nós apresentarmos um projeto, um programa do novo transporte coletivo de Camaçari”, destacou.
Diante do consenso quanto às alternativas de resolução, o próximo passo será o encaminhamento de projetos de lei para a Câmara Municipal de Camaçari. Também estiveram presentes a secretária de Governo, Ednalva Santana; do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Rodrigo Nogueira; titular da Superintendência de Trânsito e Transporte, Edmilson Santos; dos Serviços Públicos, Hindemburgo Telles; e o procurador do município, Carlos Medrado.